Texto por: Ana Rita Pontinha, 8º4
A sigla ETAR quer dizer Estação de Tratamento de Águas Residuais que é uma infra-estrutura que trata as águas residuais de origem doméstica e/ou industrial, comummente chamadas de esgotos sanitários ou despejos industriais , para depois serem escoadas para o mar ou rio com um nível de poluição aceitável através de um emissário, conforme a legislação vigente para o meio ambiente receptor.
Numa ETAR as águas residuais passam por vários processos de tratamento com o objectivo de separar ou diminuir a quantidade da matéria poluente da água.
No primeiro conjunto de tratamentos, designado por pré-tratamento, a água residual é sujeita a processos de separação dos sólidos mais grosseiros como sejam a gradagem, o desarenamento e o desengorduramento. Nesta fase, o efluente também é preparado para as fases de tratamento como de cargas poluentes. Subsequentes, podendo ser sujeito a um pré-arejamento e a uma equalização tanto de caudais
A primeira fase de tratamento é designada por tratamento primário, onde a matéria poluente é separada da água por sedimentação nos sedimentadores primários. Este processo exclusivamente de acção física pode, em alguns casos, ser ajudado pela adição de agentes químicos que através de uma coagulação/floculação possibilitam a obtenção de flocos de matéria poluente de maiores dimensões e assim mais facilmente decantáveis.
Seguem-se para o tratamento secundário, onde a matéria poluente coloidal é degradada por microorganismos nos chamados reactores biológicos. Estes reactores são normalmente constituídos por microorganismos aeróbios, havendo por isso a necessidade de promover o seu arejamento. O efluente saído do reactor biológico é constituído por uma grande quantidade de microorganismos, sendo muito reduzida a matéria poluente remanescente. Os microorganismos sofrem seguidamente um processo de sedimentação nos designados sedimentadores secundários.
Por fim o tratamento secundário, as águas residuais tratadas apresentam um reduzido nível de poluição, podendo na maioria dos casos, serem admitidas no meio ambiente receptor. É, porém, necessário proceder à desinfecção das águas residuais tratadas ou à remoção de determinados nutrientes, o azoto e o fósforo, que podem potenciar, isoladamente ou em conjunto, a eutrofização das águas receptoras.
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