Texto por: Rute Santos, 8º3

As Caravelas-Portuguesas (Physalia physalis), também conhecidas como garrafas azuis, ocorrem com pouca frequência em águas portuguesas, mas todos os anos aparecem, vindas as sabor dos ventos e das correntes. Porém, o contacto com os banhistas é raro, e existe tanto desconhecimento em relação a esta espécie por parte de todos os banhistas, os concessionários, os nadadores salvadores e em muitos casos dos profissionais de saúde. Esta espécie é muito comum nas zonas mais quentes dos oceanos, sendo o seu aparecimento em águas com temperaturas abaixo dos 22oC invulgar.
Os ferimentos são causados pelos seus tentáculos, com células urticantes (que produzem uma sensação parecida à das urtigas sobre a pele) que em contacto com a pele produzem um ferimento parecido ao de uma queimadura. As caravelas-portuguesas andam, geralmente, com uma pequena parte do seu corpo fora da água, chegando a atingir os 30m de comprimento. O aquecimento dos mares (provocado pelo aquecimento global) pode também vir a provocar uma maior ocorrência desta espécie em latitudes onde até agora o seu aparecimento era ocasional. Este fenómeno começou também já a acontecer com outras espécies, como a vespa-do-mar australiana (que por muitas vezes pode ser mortal), que é 500 vezes mais venenosa que a caravela-portuguesa, que já foi encontrada noutras latitudes onde não era conhecida, nomeadamente na África do Sul ou mesmo nos Estados Unidos.


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