Texto por: Ana Rita Pontinha, 8º4

Estudos sobre o genoma do ornitorrinco dizem que o estranho animal com pele, pêlos, bicode pato, rabo de castor e patas com membranas apontam que o animal é, ao mesmo tempo, um réptil, um passaro e um mamífero, segundo o relatório publicado pela revista Nature.
A espécie de 40 cm de comprimento faz parte da familia dos monotrematos: a fêmea produz leite para alimentar os filhotes e são ovíparos. A sua pele é adaptada à vida na água e o macho possui um veneno comparável ao das serpentes.
Ao longo dos estudos, os cientistas compararam o genoma do ornitorrinco ao dos Homens, cachorros, ratazanas, gambás e galinhas: o ornitorrinco compartinha 82% de seus genes. Este animal conta com 18,5 mil genes, dos quais dois terços também aparecem no homem.
O ornitorrinco nada com os olhos, ovidos e narinas fechados, guiando-se graças a receptores sensorias no seu bico para detectar os campos elétricos emitidos por suas presas. Além disso, a fêma não possui tetas para amamentar as crias (estas sugam o leite que sai da pele da mãe).
O ornitorrinco é encontrado na Australia, no leste de Queensland e Nova Gales do Sul, no leste, centro e sudoeste de Victoria, Tasmânia e Ilha King. Foi introduzido no extremo oeste da Iha Kangaroo, entre 1926 e 1949, onde ainda mantém uma população estável.
A espécie é dependente de rios, córregos, lagoas e lagos. A distribuição geográfica mostra considerável flexibilidade tanto na escolha do habitat quanto na adaptabilidade a uma variação de temperarura. A espécie é capaz de enfrentar tanto altas temperaturas das florestas tropicais de Qeensland, como áreas montanhosas cobertas de neve em Nova Gales do Sul.
O ornitorrinco possui hábitos alimentares carnívoros, alimentando-se de anelídeos, larvas de insectos aquáticos, camarões de água doce, girinos, caramujus, lagostins de água doce e pequenos peixes, que escava dos leitos dos rios e lagos com o focinho ou apanha enquanto nada. As presas são guardadas nas bochechas à medida que são apanhadas, e quando um número suficiente é reunido, ou quando precisam de respirar, ele retorna à superficie para comê-las. A mastigação é feita pelas placas córneas que substituem os dentes e a areia contida junto com o alimento serve de material abrasivo, ajudando no acto de mastigar.
O animal precisa de comer 20% do seu peso todos os dias, esse requerimento faz com que ele gaste 12 horas por dia a procurar alimento. Em cativeiro chega a comer metade do seu peso num único dia, um macho que pese 1,5 kg pode ingerir 45 g de minhocas, 20-30 lagostins, 200 larvas de tenébrios, 2 sapos pequenos e 2 ovos cozidos
A espécie exibe uma única estação de acasalamento, que ocorre entre Junho e Outubro, com algumas variações locais. Observações históricas, estudos de marcação e recaptura, e investigações preliminares de genética populacional indicam a possibilidade de membros transitórios e residentes na população e sugerem um sistema de acasalamento polígeno. Ambos os sexos se tornam sexualmente maduros no segundo ano de vida, mas algumas fêmeas só se reproduzem com quatro anos ou mais tarde. Todos os monotremados apresentam baixa taxa reprodutiva - não mais do que uma vez ao ano.


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